sábado, 26 de abril de 2008

Leo Minosa e a menina Isabella

Em uma coluna publicada no Estadão nesta quinta-feira, o jornalista Eugênio Bucci discute todo o sensacionalismo criado em torno do "caso Isabella". Para tanto, remete a um clássico do cinema: A Montanha dos Sete Abutres (Ace in the Hole), de Billy Wilder. O filme conta a história de um homem (Leo Minosa) que fica preso dentro de uma caverna. Um jornalista (Charles Tatum) aproveita-se da situação para criar uma atmosfera de comoção e lucrar com a reportagem.



Um caso como este da menina Isabella mantém-se nas primeiras páginas dos jornais e como sendo assunto principal das rodas de conversa durante mais de mês, por quê? É a imprensa que escolhe e alimenta uma temática sensacionalista, ou há um real e legítimo interesse público? Ou ambos? É um debate interessante.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu diria que são as duas coisas (como o Chaves sempre repete em um episódio: "as duas coisas"). Porém, acredito que o real e legítimo interesse público (como cantou Pato Fu: "o terror é popular, pois é espetacular") vem antes do interesse da imprensa querer lucrar com isso. A imprensa, como qq outra empresa, quer lucrar e se usa de qq meio para isto. Há pouco (ou nulo) compromisso com o jornalismo de fato, assim como o médico pouco se compromete com a saúde de seu paciente, ou, por mais absurdo que possa parecer, o governante pouco se compromete com seu povo. É como se o dinheiro tornasse os humanos máquinas programadas para fazer dinheiro, distanciando-se do sentido humano do ser.
Nessa lógica, a imprensa apenas se utiliza de uma característica primitiva do ser para fazer dinheiro.

Anônimo disse...

esse filme é muito bom, cara e fundamental para entender a modernidade
valeu

Anônimo disse...

Acho que são as duas coisas. Toda noticia que envolve crianças dá o que falar. A pena é que existem casos como este todos os dias no Brasil e no mundo e ficam no anonimato. Acho que a imprensa deveria tratar de casos assim com mais sobriedade, mas é seu dever denunciar.
Quanto ao filme, é maravilhoso.