sábado, 31 de janeiro de 2009

Itália

Disseram-me que posto muito sobre a Itália. Além dos trechos de óperas, não lembro de ter postado outras coisas. De qualquer maneira, as recentes notícias envolvendo o "caso Battisti" motivaram esse "post".

Nem Berlusconi, nem Tarso Genro! Quem deve ter a última palavra neste caso é o STF. Afinal, a grande maioria dos ministros tem preparo suficiente, e saberá decidir de acordo. Insisto: a grande maioria. Vejamos o que vai acontecer. O que não pode ocorrer é este tipo de ameaça feita por Berlusconi de que vai cortar relações com o Brasil, ou coisa do gênero.

Já que falamos de Itália, desta vez não vou colocar trechos de óperas.



domingo, 25 de janeiro de 2009

Nova ortografia...

Não tem mais jeito. A unificação ortográfica veio mesmo. O que mais nos deixa tristes é que foi imposta de cima para baixo, e somente para beneficiar economicamente determinados grupos. Quem fala que a reforma simplificou ou facilitou a escrita não viu as confusas regras de uso do hífen. Bom mesmo para o pessoal do grupo Houaiss ou então para o gramático Evanildo Bechara. Eles, que sempre defenderam a Reforma, agora dão palestras e vendem livros. No entanto, até agora, ninguém conseguiu justificar as vantagens da Reforma.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

São Paulo, 455 anos

Neste domingo, celebram-se os 455 anos da cidade de São Paulo. Teremos, como sempre, algumas programações culturais sendo oferecidas, mas parece que, neste ano, serão menos opções do que de costume. Reflexos da crise? Ou já é um pequeno sinal de quatro anos de mandato sem grandes motivações de mudanças? Nem o bolo do Bixiga!

Paciência. Talvez isto não seja tão relevante. De qualquer maneira, cabe comentar sobre o mural que está sendo feito pelo artista plástico Kobra e será inaugurado neste domingo. Trata-se do maior mural em grafite numa via pública da cidade, e foi feito com recursos do próprio artista e sob autorização da Prefeitura. A idéia é mostrar imagens da São Paulo do início do século XX. Interessante!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Férias, "big brother" e crianças

Toda vez que recomeça o enriquecedor programa da Globo "Big Brother Brasil" dá uma revolta enorme. Como bem colocado pelo nosso colega Dan em seu blog, a começar pelo nome do programa, ele é todo um lixo. Mas não tem problema. É só mudar de canal.

No livro de George Orwell, "1984", é descrita uma sociedade sob governo totalitário, controlada por um só partido. Escrito em 1948, Orwell tenta prever como seria o futuro dos sistemas políticos, tendo em vista a situação do Mundo na época, em pleno início de Guerra Fria. No livro, o "Big Brother" é quem controla todas as ações das pessoas. Como no programa. Mas não tem problema. É só mudar de canal. (Ou, caso contrário, se você é adepto dos lemas do "Ministério da Verdade", como descrito no livro, assista.)

Acontece que não adianta mudar de canal! Recentemente, percebi que, injustamente, durante anos critiquei os programas e novelas da Globo. Apesar de continuar achando "Big Brother" e novelas globais um lixo, descobri que a Globo não é tão ruim assim. Isto porque os outros canais abertos (tirando a Rede Cultura) são piores ainda, e alguns, surpreendentemente, passam o dia falando o que passou ou vai passar na Globo.

O assunto era para ser "férias de verão e crianças". Mas acabou no Big Brother. Vejamos por quê.




Tenho visto que, cada vez mais, as crianças da cidade, independentemente de classe social, gastam seu tempo livre com videogames e televisão. Sem querer colocar em pauta os benefícios ou malefícios disso, o que se observa muitas vezes é a chamada "falta do quê fazer". Até porque, em geral, ninguém gosta de ficar preso em casa em frente ao computador ou à TV. Cabe aos pais e responsáveis buscar alternativas para as crianças saírem de casa para jogar bola, andar de bicicleta e se desenvolverem melhor. Não há desculpa. Nas férias, sempre há alguém disponível para levá-las. Caso contrário, como já dissemos, nem adianta mudar de canal, porque a mediocridade impera.

...

De noite, quando estão todos em casa, leiam um livro, ouçam uma música boa, assistam a um bom filme. Ou então, por que não ir à livraria folhear uns livros, ir ao cinema, ou mesmo, dar uma volta a pé? Se você está com crianças, o bom exemplo educa melhor que a proibição



quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Raridades

Para descontrair, algumas raridades que encontrei no Youtube recentemente:

Tito Gobbi canta um trecho de "Il Rigoletto" de Giuseppe Verdi, e Joan Sutherland, um de "Norma" de Bellini.






É só para respirar. Em breve, voltaremos a falar de educação e política.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Ainda sobre a guerra

Não apenas para tentar trazer algumas outras informações sobre o confronto interminável na Palestina, mas também para motivar uma reflexão sobre a natureza humana, vai o seguinte texto:

"Estudantes israelenses presos por rejeitar alistamento pedem ajuda

No dia 18 de dezembro de 2008 foi iniciada uma campanha mundial em apoio aos estudantes israelenses presos por rejeitarem o alistamento no exército, por objeção de consciência. Os Shministim defendem um futuro de paz entre israelenses e palestinos e criticam a ação de seu país nos territórios ocupados. Eles esperam receber centenas de milhares de mensagens de apoio que serão entregues ao ministro da Defesa de Israel.

Redação - Carta Maior

Os Shministim são jovens estudantes israelenses, todos com idade entre 16 e 19 anos, no final do segundo grau. Eles recusam o alistamento no exército de Israel por objeção de consciência. Estão presos por isso. Esses estudantes defendem um futuro de paz para israelenses e palestinos e negam-se a pegar em armas. Além da prisão, enfrentam uma enorme pressão da família, de amigos e do governo de Israel. No dia 18 de dezembro foi iniciada uma campanha mundial pela libertação desses jovens.

Os Shministim pediram ao grupo "Jewish Voice for Peace" para buscar pessoas em todo o mundo para pressionar o governo de Israel. Eles esperam receber centenas de milhares de cartões que serão entregues ao ministro da Defesa de Israel. Eles esperam representar não apenas os milhares que os precederam, não apenas os muitos jovens para quem eles são um exemplo, mas também querem representar pessoas de todo o mundo que querem a paz.
"

domingo, 11 de janeiro de 2009

Sobre a Palestina



Relutei em escrever sobre o atual conflito na Palestina. Talvez com medo de cair no lugar-comum. Talvez com medo de não conseguir dar conta de uma realidade tão complexa.

Hoje, próximo ao Parque do Ibirapuera, presenciei uma manifestação dos movimentos de esquerda que faziam críticas à guerra, ou melhor, no dizer dos manifestantes, ao "genocídio promovido pelo movimento sionista". Iam mais além: tomavam claro partido pela causa palestina, e ainda gritavam: "Israel, pode esperar, sua hora vai chegar".

Não há dúvidas de que há um massacre - afinal, a superioridade militar dos israelenses é notória. Além disso, até hoje há controvérsias quanto à legitimidade de diversas ações promovidas pelos israelenses durante os últimos sessenta anos. Para alguns, a própria criação do Estado de Israel teria sido um equívoco.

No entanto, assim como não se pode desconsiderar o sofrimento dos civis palestinos, não se pode jogar fora sessenta anos de história e voltar atrás na questão israelense.

Sendo assim, não vejo por que tomar partido.

Não há outra maneira de se pensar no fim do conflito a não ser através de uma coexistência pacífica entre os dois povos, ainda que seja difícil e dure tempo. Para tanto, a ONU deve-se fazer presente, assim como a opinião pública internacional. Ou seja, pelo jeito, Obama terá muito trabalho.