domingo, 11 de janeiro de 2009

Sobre a Palestina



Relutei em escrever sobre o atual conflito na Palestina. Talvez com medo de cair no lugar-comum. Talvez com medo de não conseguir dar conta de uma realidade tão complexa.

Hoje, próximo ao Parque do Ibirapuera, presenciei uma manifestação dos movimentos de esquerda que faziam críticas à guerra, ou melhor, no dizer dos manifestantes, ao "genocídio promovido pelo movimento sionista". Iam mais além: tomavam claro partido pela causa palestina, e ainda gritavam: "Israel, pode esperar, sua hora vai chegar".

Não há dúvidas de que há um massacre - afinal, a superioridade militar dos israelenses é notória. Além disso, até hoje há controvérsias quanto à legitimidade de diversas ações promovidas pelos israelenses durante os últimos sessenta anos. Para alguns, a própria criação do Estado de Israel teria sido um equívoco.

No entanto, assim como não se pode desconsiderar o sofrimento dos civis palestinos, não se pode jogar fora sessenta anos de história e voltar atrás na questão israelense.

Sendo assim, não vejo por que tomar partido.

Não há outra maneira de se pensar no fim do conflito a não ser através de uma coexistência pacífica entre os dois povos, ainda que seja difícil e dure tempo. Para tanto, a ONU deve-se fazer presente, assim como a opinião pública internacional. Ou seja, pelo jeito, Obama terá muito trabalho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah, si, esses manifestantes aos quais você se refere parecem ser do tipo que passam por cima de "detalhes" a serem considerados em nome da defesa de alguma ideologia ... temos muitos!
Pois é, eu não gosto de falar isso, mas essa disputa é a que chega mais perto de nunca vir a ter fim...
Eu te mandei o power point sobre a discussão da questão!Vamos aguardar os próximos acontecimentos...
Ca