segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Famílias

Assim como acontece em relação às tecnologias digitais, nos últimos quinze anos as transformações que aconteceram nas famílias foram muito intensas e significativas.

Do mesmo modo que há quinze anos atrás ninguém usava celular ou navegava na Internet, a porcentagem de famílias nucleares (pai, mãe e filhos) era muito maior. Hoje, pode-se definir a família (numa definição bem simplória) como sendo um agrupamento de pessoas que se amam e, por isso, escolhem viver juntas, ao contrário da definição anterior, que pressupunha os laços sangüíneos.

Acontece que a família nuclear é uma novidade no mundo Ocidental. Chega a ser até uma instituição recente, resultado das transformações que ocorreram a partir da Revolução Industrial e das Revoluções Burguesas. Ou seja, coisa de 200 anos, no máximo.

O resultado dessas rápidas mudanças? A diversidade! Aumento do número de adoções, de famílias extendidas, pessoas morando sozinhas, crianças com duas famílias, além da criação da guarda compartilhada, entre outros. Para falar a verdade, sempre achei mais interessante a diversidade...

7 comentários:

Anônimo disse...

Olha, falando francamene, embora eu saiba como é bom receber acolhimento em meio a toda a diversidade, ainda que por vias nada tradicionais - que você bem elencou aqui - meu sonho ainda é a família tradicional que não sei se é melhor ou pior que as alternativas, mas representam propostas que parecem ser mais forte no quesito plenitude... não sei se isso é verdade, mas sei que é isso queque todo mundo quer, não é??

Anônimo disse...

AH mas nada substitiui a família nuclear de mae e pai biológicos, pq o amor é maior com certeza

Anônimo disse...

Boa tarde!
Concordo com o Alexandre e pouco concordo com a Camila e com o Felício e exponho minhas razões:
1) "não sei se isso é verdade, mas sei que é isso queque todo mundo quer, não é??"
Não, não é. Os homossexuais, por exemplo, não sonham em casar com o sexo oposto e constituir família. Alguns (não saberia precisar quantos - nunca vi estatística a respeito) sonham em criar filhos com seus companheiros ou mesmo sozinhos.
Há também mulheres/homens heterossexuais que sonham em ter filhos, mas não necessariamente em ter um companheiros (mais uma vez, não saberia precisa em termos quantitativos, mas que há, há!).
Hás os que querem companheiros, mas não querem filhos...
Dá um pouco de preguiça (e me falta capacidade) de listar tantas possibilidades para se viver plenamente de acordo com os desejos de cada indivíduo.
2) "AH mas nada substitiui a família nuclear de mae e pai biológicos, pq o amor é maior com certeza"
Para esse argumento, utilizo-me de uma afirmação do Oscar Wilde (em "O Retrato de Dorian Gray"): "As coisas das quais temos absoluta certeza nunca são verdadeiras. Esta é a fatalidade da fé e das coisas que nos são ensinadas pelo romance."
Considero inviável, pelo nível de conhecimento humano atual, fazer um estudo para comparar o amor de pais biológicos com o amor de pais adotivos.
Por outro lado, os exemplos em que pais biológicos matam filhos (caso Nardoni é bem famoso) são inúmeros. Casos em que os pais desrespeitam o Estatuto da Criança e do Adolescente também são inúmeros (eu não tenho estatísticas aqui, mas se você procurar, você encontra - provavelmente em sites como o da UNICEF).
Enfim, isso é apenas um pequena ilustração de que não necessariamente o amor dos pais biológicos é maior.
Sintam-se à vontade para as tréplicas... eheh
Abraço,
Valmir

Anônimo disse...

do mesmo jeito que tem muita família biológica que maltrata os filhos, acho que o mesmo acontece com famílias adotivas, que só adotam pq não têm condições biológicas de terem filhos, daí adotam meio que forçados, e não gostam dos filhos e os maltratam, ou será que não existe isso?

Anônimo disse...

Boa noite, Felício!
Eu concordo que exista, sim. Mas aí se você fala que eles adotam meio que forçados, dá para interpretar que esses indivíduos que não podem ter filhos, sentem-se pressionado pelo modelo da sociedade de casal hétero com filho(s) e por isso acabam adotando. Foi isso mesmo que você quis dizer? Se sim, é mais um argumento favorável à diversidade. Desta maneira, um casal não se sentiria na obrigação de querer adotar uma criança.
E se lá em cima eu havia dito que não dá pra comparar cientificamente o amor de pais adotivos com o de pais biológicos, aqui eu sou mais cauteloso e digo que deve haver estatísticas que comparem os casos de maus tratos por pais adotivos e biológicos. Eu desconfio, que proporcionalmente seja maior por pais biológicos. Mas é só um achismo. Num fui atrás desses dados...
De qualquer maneira, eu concordo que pode haver casos em que pais adotivos não gostem e terminem por maltratar seus filhos.

Anônimo disse...

Nada como pesquisar um pouco:
"PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA VIOLÊNCIA FÍSICA
1. AGRESSORES MAIS COMUNS
Os agressores mais comuns são os pais biológicos, adotivos e madrasta/padrasto. Segundo AZEVEDO e GUERRA (2000), as estatísticas internacionais apontam que 70% das agressões são provenientes dos pais biológicos. O cônjuge que agride mais os filhos é a mãe. Já o pai, por conta de ter maior força física, é o que causa lesões mais graves nos filhos quando os pune corporalmente."

http://4dejunho.blogspot.com/2008/05/violncia-fsica-estatsticas-fonte-cecovi.html

Anônimo disse...

é acho que você me convenceu, se não totalmente, ao menos em parte
boa discussão!