domingo, 5 de setembro de 2010

Eleição esdrúxula

A cada quatro anos acontece no Brasil uma eleição ampla, que envolve Legislativo e Executivo no âmbito federal e estadual. Já falamos aqui que a eleição para deputados e senadores deveria ser mais discutida e levada em conta pela população. Por isso, continuamos defendendo uma reforma que separe o pleito Legislativo do Executivo, até para deixar o debate mais qualificado.

Caso contrário, encontramos candidatos oportunistas que se aproveitam da falta de interesse ou até da ignorância dos eleitores para se elegerem. É verdade que sempre foi assim, mas nesse ano o número de artistas, ex-jogadores de futebol ou parentes de famosos disputando a eleição é enorme. Alguns eleitores acabam pensando assim: "vou votar no cara da tevê porque não sei em quem votar mesmo". Ou então, a falta de confiança da população é tamanha que pensamentos como este são freqüentes: "já está tudo uma porcaria, então vou chutar o balde"! É o chamado "voto de protesto". Se é para protestar desse jeito, é melhor anular. O horário eleitoral é uma piada, mais uma vez.



Acompanhando o desenrolar da campanha, outros questionamentos vêm à tona. É interessante perceber como os dois principais partidos (PT e PSDB) cada vez mais estão se aproximando, com relação a propostas e planos de governo. É que tanto um quanto outro, para conseguirem se eleger em altos cargos executivos, buscaram alianças com partidos que não compartilham da mesma base ideológica. Daí veio a aliança entre PSDB e DEM, e a aproximação do PT com o PMDB, por exemplo.

Por fim, com o fim da verticalização partidária, as alianças entre partidos ficaram mais confusas. É que um partido pode apoiar no âmbito nacional a candidata do PT, e no âmbito estadual algum do PSDB. A título de exemplo, em São Paulo, o PMDB apóia a candidatura de Alckmin, mesmo tendo o vice na chapa de Dilma para a presidência. No Rio de Janeiro, Gabeira, do mesmo partido de Marina Silva, é apoiado pelos candidatos de partidos aliados a Serra. Em Minas, o PSB e o PDT, partidos da base governista, apóiam o candidato do PSDB para governador do Estado. Ou seja, a cada quatro anos parece que a eleição é mais e mais esdrúxula.

5 comentários:

Unknown disse...

Oi Alê,

Belo texto, concordo, grande palhaçada.

Abraços.

Camila Rodrigues disse...

É Ale,
O pior é que os próprios candidatos estão assumindo o tom de palhaçada...
Lamentável...
Abraço
Ca

felício disse...

é verdade concordo em genero numero e grauu

Hugo disse...

Nosso modelo político é uma grande absurdo em todos os sentidos, começando com o voto obrigatório num país onde grande parte da população sequer sabe qual a função de um deputado ou senador.

As alianças políticas praticamente ninguém leva em conta, as pessoas votam na figura, não interessando com quem elas estão ligadas.

Abraço

Anônimo disse...

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