Cinqüenta anos de bossa nova. Cinqüenta anos da primeira conquista brasileira no futebol, paixão nacional.
Está em cartaz nos cinemas o documentário "1958 - O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil". Bom filme, especialmente pelas imagens de lances das partidas e pelos depoimentos de jogadores de todo o Mundo.
Depois do "fracasso" em 1950, criou-se na crônica esportiva uma imagem que o Brasil, apesar de sempre ter um bom time, não teria espírito de time vencedor. Com a vitória espetacular de 1958, o enfoque dado pela crônica passou a ser o inverso em todas as Copas do Mundo a partir de então: o Brasil é o país do futebol, e, se não ganhamos, é porque fomos roubados (como em 1978), porque o técnico era burro (como em 2006) ou por uma grande fatalidade (como em 1982). Talvez a única Copa do Mundo em que se reconhece que o Brasil perdeu porque a outra seleção era superior seja a de 74 (contra a Laranja Mecânica). Ainda assim, coloca-se a culpa no treinador também. A Copa de 1958 inaugurou o ufanismo da crônica esportiva!
Convenhamos: o Brasil sempre montou boas seleções. Mas não há grandes explicações científicas, sociológicas, antropológicas ou até mesmo religiosas para este fato, como muitos gostam de dizer. É simples. Uma questão meramente demográfica: o Brasil é o país de maior população que tem como esporte principal o futebol!! Alguma dúvida?
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