quarta-feira, 23 de julho de 2008

Foucault - Vigiar e Punir

Nestes últimos dias, tenho pensado muito em Michel Foucault (Vigiar e Punir) e em George Orwell (1984). Penso em câmeras, "big brother", vigilância, punição, violência, ignorância, medo, arbitrariedades, prisões, ditadura, falta de confiança, falta de diálogo, de relação aberta, de verdade, de carinho...



Infelizmente, esta postagem é um desabafo cujos motivos nem todos entenderão...

"Daí o efeito mais importante do Panóptico: induzir no detento um estado consciente e permanente de visibilidade que assegura o funcionamento automático do poder. Fazer com que a vigilância seja permanente em seus efeitos, mesmo se é descontínua em sua ação; que a perfeição do poder tenda a tornar inútil a atualidade de seu exercício; que esse aparelho arquitetural seja uma máquina de criar e sustentar uma relação de poder independente daquele que o exerce; enfim, que os detentos se encontrem presos numa situação de poder de que eles mesmos são os portadores. Para isso, é ao mesmo tempo excessivo e muito pouco que o prisioneiro seja observado sem cessar por um vigia: muito pouco, pois o essencial é que ele se saiba vigiado; excessivo, porque ele não tem necessidade de sê-lo efetivamente". (págs. 166-167, 29ªEd.)

Um comentário:

Anônimo disse...

Foucault é foda, cara... vc tem razão.
câmeras não educam, porra!!