Para os que gostam de rock, acontecerá um festival no próximo dia 7 no Playcenter, em São Paulo. Algumas das melhores atrações serão Primal Scream e Sonic Youth. O problema é o preço salgado, como de costume.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Descaso
Na mesma semana em que observamos os já freqüentes conflitos nos morros do Rio de Janeiro, a Televisão transmitiu uma Audiência Pública ocorrida na Câmara dos Vereadores de São Paulo. A questão debatida era a respeito das políticas adotadas pela administração municipal com relação aos CEUs, projeto educacional originalmente criado no governo Marta e mantido pelos governos Serra e Kassab. A idéia original dos CEUs era a de criar em algumas regiões da periferia centros de educação que tivessem papel de escolas, e ao mesmo tempo dispusessem de uma infra-estrutura de lazer, recreação e cultura para os educandos, e para a comunidade em geral.
Representantes de diversos CEUs da capital estiveram na Audiência e, no geral, contaram o que já se sabe: faltam recursos e, principalmente, faltam profissionais de qualidade para atenderem à demanda. Por isso, o número de pessoas atendidas é muito pequeno em relação ao que se comportaria inicialmente. Não que se esperasse algo diferente, já que sabemos a dificuldade em se implantar projetos dessa grandiosidade. Muito se criticou inclusive a iniciativa do governo petista de lançar o projeto, pelos obstáculos na manutenção dessas áreas. Por outro lado, falta também uma vontade política em melhorar esse cenário. Vale dizer que o Secretário de Educação não foi à Audiência e mandou em seu lugar uma representante que se mostrou despreparada para responder às questões da população, e o fez inclusive em nítido tom de deboche.
Políticas públicas nas regiões de maior risco social que envolvessem a educação formal, juntamente com lazer, esportes, música, teatro, dança, circo, educação profissional - projetos que fossem de abrangência e qualidade - evitariam (ou pelo menos atenuariam consideravelmente) a necessidade de intervenções como as que vemos no Rio, cidade-sede das Olimpíadas de 2016. Ou não?
Representantes de diversos CEUs da capital estiveram na Audiência e, no geral, contaram o que já se sabe: faltam recursos e, principalmente, faltam profissionais de qualidade para atenderem à demanda. Por isso, o número de pessoas atendidas é muito pequeno em relação ao que se comportaria inicialmente. Não que se esperasse algo diferente, já que sabemos a dificuldade em se implantar projetos dessa grandiosidade. Muito se criticou inclusive a iniciativa do governo petista de lançar o projeto, pelos obstáculos na manutenção dessas áreas. Por outro lado, falta também uma vontade política em melhorar esse cenário. Vale dizer que o Secretário de Educação não foi à Audiência e mandou em seu lugar uma representante que se mostrou despreparada para responder às questões da população, e o fez inclusive em nítido tom de deboche.
Políticas públicas nas regiões de maior risco social que envolvessem a educação formal, juntamente com lazer, esportes, música, teatro, dança, circo, educação profissional - projetos que fossem de abrangência e qualidade - evitariam (ou pelo menos atenuariam consideravelmente) a necessidade de intervenções como as que vemos no Rio, cidade-sede das Olimpíadas de 2016. Ou não?
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Mais uma raridade futebolística
Domingo, 04 de dezembro de 1983. Estádio Comunale de Torino. Partida válida pelo primeiro turno do campeonato italiano, temporada 1983/1984. Um jogo espetacular. De um lado, Falcão, Bruno Conti, Pruzzo, Tancredi, Di Bartolomei, Toninho Cerezo. De outro, Scirea, Tacconi, Paolo Rossi, Platini, Cabrini. Aqui, selecionamos alguns trechos, com os quatro gols da partida, que terminou empatada. Podem-se ver um belo gol de Bruno Conti, um gol de falta de Platini e, no finalzinho, a maravilhosa jogada de Chierigo e o gol de Pruzzo. Um jogo para entrar na história. Naquele ano, a Juve foi campeã e a Roma foi vice. Narração de Alexandre Santos e comentários de Antero Greco
domingo, 18 de outubro de 2009
Vergonha em Campinas
Para continuar o assunto "educação", vamos comentar uma notícia que saiu esses dias nos jornais. Em uma escola estadual de Campinas, houve uma briga entre duas crianças de sete anos. O que os (ir)responsáveis fizeram? Chamaram a polícia. Vieram os PMs, e levaram uma das meninas para a delegacia. Não haveria um jeito menos traumático para resolver essa situação? Parece até piada, mas o triste é constatar que notícias como essa não são exceções. Para comprovar, é só entrar no blog de nossas colegas do EducaForum. Lá, elas estão sempre comentando notícias como essa. Vale a pena dar uma olhada, por exemplo, no dossiê sobre o esquema de desvio de verbas no ensino público de Araraquara. Pena que sites como esse, que denunciam os males da educação brasileira, são, isso sim, exceções. Defender uma valorização da profissão docente deve estar indissociado de uma melhoria na formação da categoria, caso contrário fatos como esses permanecerão.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Dia dos Professores?
Se a educação vai mal, isso ocorre muito por incompetência dos profissionais da educação, seja da área administrativa, seja das salas de aula. Fato. No entanto, como já falamos muitas vezes aqui, sabe-se que a profissão de professor no Brasil foi colocada em segundo plano já há algum tempo. Deveria haver um maior investimento nos salários dos professores, na sua formação técnica e também em seus planos de carreira. Mas chega de reclamar do governo.
Há também uma espécie de consenso geral na sociedade de que "virar professor é sinônimo de burrice ou fracasso". Afinal, se a pessoa teve o direito de escolher, foi burra de escolher uma profissão que não garante bons rendimentos. Ou então, só se vira professor quando se fracassa na profissão de origem, e então tenta-se a sorte na sala de aula. São visões que permanecem. Ainda falta muito para o professor voltar a ter reconhecimento da sociedade. Ou seja, não adianta apenas aumentar salários. O problema é mais complicado. Já me perguntaram muitas vezes: "Ah, você é professor... legal... mas, além disso, você também trabalha?"
domingo, 11 de outubro de 2009
Parque Michael Jackson
Alguns já ficaram sabendo da notícia mas aí vai. Uma proposta esdrúxula, e já rejeitada, feita pelo vereador Agnaldo Timóteo: mudar o nome do Parque do Ibirapuera para Parque Michael Jackson e mandar colocar uma estátua do cantor, para atrair turistas do mundo todo. Não bastasse isso, o vereador do PR queria também que a Sala São Paulo passasse a homenagear o cantor falecido recentemente, mudando de nome também. Sim, porque a Osesp costuma mesmo executar esse tipo de música. Sem comentários...
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Final Copa de 90 - raridade
Não se fazem mais comentaristas de futebol como antigamente - ainda bem.
Recentemente encontrei um vídeo da final da Copa do Mundo de 1990 comentado por Juarez Soares, jornalista esportivo que, na época, estava na equipe da Rede Bandeirantes. Uma raridade que nos leva a diversas análises. Em primeiro lugar, o vídeo nos faz crer que houve uma evolução no jornalismo esportivo brasileiro, já que não há mais espaço para profissionais despreparados e enganadores no ramo. Vale a pena prestar atenção nas palavras do "China" após a partida final: uma "baboseira" só. Por sorte, discursos vazios e "sem pé nem cabeça", como o citado aqui, hoje tornaram-se exceções. Mas não é só a isso que o vídeo nos remete.
Nos próximos dias, serão definidas algumas vagas para a próxima Copa do Mundo. Há uma grande expectativa no mundo do futebol pelo resultado das partidas da Argentina, já que a situação da seleção treinada por Maradona não é nada confortável. Há alguns dias postei dizendo que os amantes do futebol torcerão pelo triunfo da Argentina, já que uma Copa sem Argentina perde muita qualidade. Escrevi também que essa história de que brasileiros e argentinos deveriam se odiar é mito, e criado recentemente. O vídeo a seguir talvez não esgote o assunto por si só, mas ajuda a comprovar essa teoria. Percebe-se nitidamente que a torcida dos brasileiros era pela vitória da Argentina. Assistindo o jogo todo, então, isso fica ainda mais claro. Interessante, já que o Brasil tinha sido eliminado pelo time de Maradona naquela ocasião.
De qualquer modo, a torcida era sempre pela América Latina. Essa era a regra geral. É só assistir a qualquer vídeo antigo de Copa do Mundo ou mesmo de final de Mundial Interclubes que tivesse argentinos em campo. Antes, a crônica esportiva brasileira era pró-argentina. De repente, mudou. Agora, os argentinos viraram nossos rivais - de uma hora para a outra - e todo brasileiro deve odiar argentino. Não se sabe por quê. Não se sabe por qual motivo querem alimentar esses antagonismos. Infelizmente, segue-se cegamente a maioria.
Recentemente encontrei um vídeo da final da Copa do Mundo de 1990 comentado por Juarez Soares, jornalista esportivo que, na época, estava na equipe da Rede Bandeirantes. Uma raridade que nos leva a diversas análises. Em primeiro lugar, o vídeo nos faz crer que houve uma evolução no jornalismo esportivo brasileiro, já que não há mais espaço para profissionais despreparados e enganadores no ramo. Vale a pena prestar atenção nas palavras do "China" após a partida final: uma "baboseira" só. Por sorte, discursos vazios e "sem pé nem cabeça", como o citado aqui, hoje tornaram-se exceções. Mas não é só a isso que o vídeo nos remete.
Nos próximos dias, serão definidas algumas vagas para a próxima Copa do Mundo. Há uma grande expectativa no mundo do futebol pelo resultado das partidas da Argentina, já que a situação da seleção treinada por Maradona não é nada confortável. Há alguns dias postei dizendo que os amantes do futebol torcerão pelo triunfo da Argentina, já que uma Copa sem Argentina perde muita qualidade. Escrevi também que essa história de que brasileiros e argentinos deveriam se odiar é mito, e criado recentemente. O vídeo a seguir talvez não esgote o assunto por si só, mas ajuda a comprovar essa teoria. Percebe-se nitidamente que a torcida dos brasileiros era pela vitória da Argentina. Assistindo o jogo todo, então, isso fica ainda mais claro. Interessante, já que o Brasil tinha sido eliminado pelo time de Maradona naquela ocasião.
De qualquer modo, a torcida era sempre pela América Latina. Essa era a regra geral. É só assistir a qualquer vídeo antigo de Copa do Mundo ou mesmo de final de Mundial Interclubes que tivesse argentinos em campo. Antes, a crônica esportiva brasileira era pró-argentina. De repente, mudou. Agora, os argentinos viraram nossos rivais - de uma hora para a outra - e todo brasileiro deve odiar argentino. Não se sabe por quê. Não se sabe por qual motivo querem alimentar esses antagonismos. Infelizmente, segue-se cegamente a maioria.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Coca-Colas...
Está circulando já há algum tempo na Internet um email a respeito da Coca-Cola Zero, dizendo que as pessoas não devem mais consumi-la, pois seria muito prejudicial à saúde. Apesar de ser um "spam", ao que tudo indica, o conteúdo da mensagem tem um certo embasamento. Vejamos.
Em primeiro lugar, é fato que a Coca Zero que é distribuída no Brasil contém ciclamato de sódio, um composto proibido nos Estados Unidos há cerca de 40 anos (outro fato), já que algumas pesquisas dos anos 60 indicaram que a ingestão desse composto poderia aumentar a probabilidade de ocorrência de certos tipos de câncer - o que não ficou completamente provado até hoje.
O que se sabe é que a Coca Zero comercializada nos Estados Unidos não contém ciclamato de sódio, diferentemente da vendida aqui e nos demais países na América Latina, já que o ciclamato é um composto de baixo custo. Sabe-se também que o governo venezuelano proibiu a comercialização de Coca Zero já há algumas semanas, logo que foram divulgadas essas informações.
De qualquer maneira, você que não é diabético e pode consumir açúcar sem maiores problemas, na hora de tomar refrigerante, peça uma Coca-Cola normal. O que vejo de gente pedindo Coca Zero para se achar na moda é brincadeira. Pior que ainda têm coragem de dizer que é mais gostoso...
domingo, 4 de outubro de 2009
Copa e Olímpiadas no Brasil
O Brasil continua sendo o país do futuro. Que bom! Pena que o futuro nunca chega. Agora está marcado para 2014 e 2016, anos de Copa e Olimpíada no país. Se tomarmos o Pan de 2007 do Rio como base para uma adivinhação do que vai acontecer nos próximos anos, não conseguiremos pensar em nada além de falta de planejamento e desvio de verbas.
O historiador Hilário Franco Junior deu uma entrevista ao Estadão justamente dizendo que no Brasil persiste há 500 anos uma "cultura do improviso". Ou seja, não se consegue planejar nada a longo prazo. Espera-se o problema, e depois tenta-se resolvê-lo com o que se tem. A análise que ele faz é de que essa "cultura" foi-nos legada pelos povos que formaram o país. Talvez seja uma análise simplista.
Para o historiador, os índios nunca precisaram se preocupar em organizar plantações com antecedência ou estocar comida, já que não enfrentavam seca ou inverno rigoroso. Os negros que aqui vieram eram prisioneiros e não podiam ter visão de longo prazo. Por fim, os portugueses passaram séculos em uma situação de lutas contra os muçulmanos e conviviam com fronteiras territoriais fluidas, o que fazia com que o improviso prevalecesse.
De qualquer maneira, mesmo já sabendo que essas coisas no Brasil não dão certo, os eventos acontecerão. A partir de agora então vamos tentar ser otimistas (sem ufanismo, claro) e começar uma discussão ampla (que envolva a todos) para que os Jogos e a Copa dêem certo, ou seja, façam com que essa "cultura do improviso" deixe de existir, façam com que se criem oportunidades para um desenvolvimento do esporte como política pública séria, tragam melhorias urbanísticas reais (e não de fachada), enfim, para que o futuro chegue.
O historiador Hilário Franco Junior deu uma entrevista ao Estadão justamente dizendo que no Brasil persiste há 500 anos uma "cultura do improviso". Ou seja, não se consegue planejar nada a longo prazo. Espera-se o problema, e depois tenta-se resolvê-lo com o que se tem. A análise que ele faz é de que essa "cultura" foi-nos legada pelos povos que formaram o país. Talvez seja uma análise simplista.
Para o historiador, os índios nunca precisaram se preocupar em organizar plantações com antecedência ou estocar comida, já que não enfrentavam seca ou inverno rigoroso. Os negros que aqui vieram eram prisioneiros e não podiam ter visão de longo prazo. Por fim, os portugueses passaram séculos em uma situação de lutas contra os muçulmanos e conviviam com fronteiras territoriais fluidas, o que fazia com que o improviso prevalecesse.
De qualquer maneira, mesmo já sabendo que essas coisas no Brasil não dão certo, os eventos acontecerão. A partir de agora então vamos tentar ser otimistas (sem ufanismo, claro) e começar uma discussão ampla (que envolva a todos) para que os Jogos e a Copa dêem certo, ou seja, façam com que essa "cultura do improviso" deixe de existir, façam com que se criem oportunidades para um desenvolvimento do esporte como política pública séria, tragam melhorias urbanísticas reais (e não de fachada), enfim, para que o futuro chegue.
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