domingo, 21 de março de 2010

Livros e livros

Que bom se todos lessem, especialmente as crianças e jovens. Afinal, ler desenvolve a criatividade e imaginação, aumenta o vocabulário e melhora a escrita, aumenta o repertório cultural, entre outras vantagens cognitivas, sendo um passatempo educativo e proveitoso. No entanto, sabemos que o brasileiro lê muito pouco, e ainda lê mal.

Não vamos nos ater à quantidade de leitura das pessoas, mas falemos um pouco da qualidade da leitura. Por exemplo, há uns anos surgiram os livros do tal Dan Brown, como aquele "Código da Vinci". Virou logo uma febre. O mesmo aconteceu com o fenômeno dos livros Harry Potter, entre outros. Há aqueles que gostam de criticar por criticar e não aceitam qualquer literatura que seja "best-seller", partindo do princípio de que se muitas pessoas compram e gostam, é por que deve ser ruim, já que a maioria das pessoas é ignorante. Raciocínio incorreto. Mas vejamos.



Um livro pode ter três qualidades principais. Pode ser uma boa fonte de informações, como qualquer livro científico, ou mesmo didático. Pode ser uma obra de arte, que desperte nossos sentimentos, como muitos romances. Pode ser uma mera fonte de entretenimento e diversão. Há romances que também trazem informações e aumentam nosso repertório cultural, bem como há livros de cunho científico escritos de maneira literária. Os livros de Dan Brown, no entanto, só apresentam a qualidade do entretenimento. Não são boa literatura, nem trazem informações científicas relevantes. Vale a pena perder o tempo com Dan Brown?

Já os livros do Harry Potter, além de trazerem o entretenimento, são leitura de maior qualidade. Saramago ou Jorge Amado, nem se fala. Todos são "best-sellers", mas contém boa literatura, ao contrário da maioria dos romances que estão entre os mais vendidos. Ou seja, nem todo "best-seller" é desprezível, como acreditam alguns.

Então já que se vai ler, vamos escolher um bom livro. Se você quer apenas o entretenimento, vá para a TV ou até mesmo cinema. Quanto a filmes, aliás, o assunto vale um novo "post", mas podemos dizer que perder duas horas para assistir a um filme que não acrescenta nada não é tão ruim quanto perder vinte ou trinta horas para ler um Dan Brown da vida.

Um comentário:

felício disse...

achei código da vinci fraco mas o outro livro é melhorzinho