segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Eleições - 1° turno - Legislativo

Falamos exaustivamente que a eleição que importava era a do Legislativo. Pedimos exaustivamente para que os eleitores não escolhessem candidatos a esmo, sem antes pesquisar seu passado e suas idéias. Estávamos enganados. Não que não se devesse fazer isso. Acontece que tínhamos esquecido também que o sistema eleitoral brasileiro é bizarro. Quando se vota em um candidato, vota-se também, indiretamente, em seu partido e, o que é mais estranho, nos partidos coligados. A coligação precisa ter um mínimo de votos para conseguir vagas para seus deputados no Congresso. Isso cria absurdos.

Exemplo: no Rio Grande do Sul, Luciana Genro, do PSOL, teve mais de cem mil votos. Foi a oitava deputada mais votada. Como seu partido não fez coligações, não conseguiu atingir o mínimo de votos para ganhar representação na Câmara, e Luciana não foi eleita. Portanto, ainda que o seu Estado tenha direito a 31 deputados federais, Luciana Genro, a oitava colocada, não se elegeu.

Inúmeros são os exemplos de deputados pouco votados, mas que são “arrastados” pelos votos de seus coligados. Não dá para não se pensar em uma reforma política urgente que acabe logo com essas distorções. Opções são o voto em lista, ou distrital. Além disso, vale lembrar que seria importante separar a eleição do Legislativo da eleição do Executivo, para qualificar mais o debate.

Por fim, seguem tabelas com a composição atual do parlamento brasileiro – vale lembrar que os dados não são definitivos, já que ainda correm processos na Justiça quanto a candidatos impugnados. Interessante observar que um provável governo Dilma teria ampla maioria no Congresso, chegando próximo de uma maioria que possibilitaria reformas até de caráter constitucional. A pergunta é: “até que ponto isso é bom?”




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