A terceira rodada reservou algumas zebras. Algumas seleções de tradição ficaram de fora da Copa, mas já não se esperava muito de Itália e França nesse ano. Da Itália ainda se previa a classificação para as oitavas, mas da França, nem isso. A grande zebra mesmo veio do grupo da Holanda, com a classificação do Japão no lugar de Dinamarca e Camarões. Nas oitavas-de-final, muitos confrontos interessantes. Chamou atenção também o fato de que pela primeira vez na História os anfitriões não se classificaram. Outro dado interessante é que teremos seis europeus na fase de oitavas, mas pelo cruzamento surge outro dado histórico interessante, já que teremos somente três europeus entre os oito melhores - vale ressaltar que a proporção de países europeus na Copa nunca foi tão baixa.
O Uruguai fez uma ótima primeira fase. Tem uma defesa boa comandada por Lugano, um meio-campo que marca muito e cria pouco, e pelo menos dois atacantes de muita qualidade (Forlán e Suarez). Acabou resolvendo o problema de criação trazendo Forlán para o meio, numa boa aposta do treinador. Sua adversária Coréia até agora jogou fechada, num 4-5-1, e saindo em velocidade no contra-ataque. Ao que parece, classificou-se por estar num grupo não tão forte, e por ter encontrado uma Nigéria de pouca inspiração ofensiva.
A Argentina terminou a primeira fase com a melhor campanha e tem boas chances contra o México, ao menos em tese. Acontece que o time mexicano não está morto, e tem jogadores com velocidade para explorar as deficiências portenhas pelos lados do campo. Mascherano terá trabalho para cobrir as laterais, que devem ser ocupadas pelos bons laterais mexicanos Osorio e Salcido, além de Giovani dos Santos, um habilidoso ponta. A vantagem da Argentina é a presença de Messi e seus companheiros de frente. Talvez seja um jogo de muitos gols, pelas características ofensivas das duas equipes.
Nos confrontos dos cruzamentos dos grupos C e D, encontraremos uma equipe norte-americana com muita empolgação, por ter conquistado com justiça o primeiro lugar de seu grupo, embora apenas nos acréscimos do jogo contra a Argélia. Os EUA jogam num esquema 4-4-2 inglês, com duas linhas. Tem um bom goleiro, uma boa dupla de zaga, um bom volante (Bradley) e um meia de qualidade (Donovan). Faltam definidores no ataque. Seu adversário, Gana, deu muita sorte até aqui. Beneficiado pelos outros resultados de um grupo muito equilibrado, e por dois pênalties que sérvios e australianos cometeram - os únicos gols de Gana até aqui saíram de pênalti. De resto, o time sente muito a ausência de Essien, mas tem dois bons valores no meio-campo: Boateng e Ayew. A defesa é sólida e levou somente dois gols até aqui. Ainda assim, ligeiro favoritismo para os americanos.
Inglaterra e Alemanha farão o maior clássico da segunda fase, e talvez um dos maiores da Copa. Os ingleses têm um ótimo elenco, mas vivem um momento péssimo em termos de condição física. Ficou claro que não tiveram fôlego para atacar seus três adversários da primeira fase no segundo tempo, o que nos faz crer que não aguentarão uma prorrogação daqui para frente. Lógico que a qualidade técnica de Gerrard, Lampard e Rooney é superior à de praticamente todas as equipes, mas a condição física atrapalha. Os alemães entrarão novamente com seu esquema 4-2-3-1, mas podem sentir a falta de um dos organizadores de jogo, já que Schweinsteiger é dúvida. Partida indefinida. Vale lembrar que desde 1938 a Alemanha sempre passa no mínimo às quartas-de-final.
O Japão surpreendeu a todos. Com dois gols de falta no primeiro tempo, superou a equipe da Dinamarca, mais técnica, mas que não teve pernas para correr atrás do resultado. Agora enfrenta o Paraguai, equipe regular que joga num esquema de duas linhas de quatro e que tem uma de suas principais jogadas na descida do lateral-esquerdo Morel Rodriguez. O Japão deve jogar de igual para igual, já que melhorou muito defensivamente de uns anos para cá. Está com uma boa dupla de zaga e aposta nos contra-ataques ou nas bolas paradas. Outro jogo equilibrado.
A Holanda está sobrando até agora na Copa. Faz boas jogadas de meio-campo e bons chutes de longe, e tem um grande repertório ofensivo. Ainda não se sabe ao certo se sua defesa está à altura. Mas deve ser suficiente para vencer a boa Eslováquia, agora único representante do futebol do leste europeu. Os eslovacos venceram os italianos, numa das partidas mais emocionantes da Copa. Souberam marcar bem, e Hamski apareceu mais para o jogo. Tiveram um pouco de sorte também, mas mereceram a vaga. A Itália pagou o preço de apostar demais na camisa e não conseguiu montar uma equipe competitiva, com opções mais diversificadas de jogo.
Por fim, Brasil e Chile farão outro ótimo duelo latino-americano. Uma das surpresas da Copa pelo futebol vistoso e ofensivo, o Chile tem time para bater o Brasil. Tem muitas opções ofensivas, e uma boa zaga, mas que é pouco ajudada pelo meio-campo. Mesmo assim, talvez a camisa "pese" e o Brasil se imponha, apesar das deficiências no ataque. Os suíços acabaram de fora, até pela incompetência ofensiva, já que se manteriam no confronto se tivessem feito dois gols em Honduras. Mas isso seria injusto aos chilenos.
Espanhóis e portugueses farão outro duelo europeu, como muitos já aguardavam. Os espanhóis tem mais qualidade no elenco e mais opções de jogo, mas o time português sabe se defender bem e não tomou nenhum gol até aqui. O técnico português montou bem a equipe, congestionando o meio-campo e, até aqui, jogando de acordo com o adversário. A Espanha tem mais time, mas Portugal não vai deixá-la jogar. Outro confronto equilibrado.
sábado, 26 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
Segunda Rodada
A segunda rodada foi bem melhor que a primeira. Destaque para os cinco sul-americanos!
Grupo A: Uruguai e México fizeram ótimas partidas e largaram na frente na disputa da vaga desse que parece ser o grupo mais equilibrado. O Uruguai resolveu apostar em uma formação mais ofensiva, com quatro defensores e três atacantes, com Forlán servindo de ponta-de-lança. Funcionou bem, e a vitória da celeste foi mais do que merecida. Já a França decepcionou mais uma vez. É estranho. O futebol francês sofre de uma safra ruim, mas parece que Domenech insiste em escalar um time mais fraco do que poderia. O México manteve o esquema do jogo contra a África mas só criou mais oportunidades quando mudou os homens de frente.
Grupo B: A Argentina fez outra ótima partida, dessa vez contra a fraca Coréia. Sem Verón parece que o time tem mais velocidade na saída de bola e na marcação. Está praticamente garantida nas oitavas, e praticando talvez o melhor futebol da Copa. Já a Grécia conseguiu um feito histórico ao vencer seu primeiro jogo em Copas do Mundo. Tudo graças à bobagem do volante africano Kaita, que foi expulso tolamente. O goleiro nigeriano também falhou em um lance de gol, mas ainda assim é um dos melhores do mundial. A Nigéria, aliás, ainda tem boas chances de se classificar na última rodada. Basta vencer a Coréia e torcer por uma óbvia vitória argentina contra os helênicos, que não devem ter condições de avançar.
Grupo C: Esse grupo é o que traz maiores surpresas. A Eslovênia quase garantiu a vaga numa ótima disputa com os Estados Unidos. Ambas as equipes são arrumadas no meio-campo e têm bom toque de bola. Problemas para uma das maiores favoritas, a Inglaterra. A equipe inglesa ainda não se encontrou na competição e não conseguiu vencer a fechada Argélia. Vai precisar de uma vitória na última rodada e certamente terá dificuldade. Não se sabe se o problema dos ingleses é somente físico, ou também emocional, agravado pela falha do goleiro Green, mas não é a primeira vez que essa mesma geração, comandada por Lampard e Gerrard, decepciona (ao menos até agora) em uma Copa do Mundo.
Grupo D: A Sérvia recuperou-se muito bem do desastre da partida de estréia. O treinador trocou os jogadores inócuos da primeira partida e os sérvios conseguiram tocar melhor a bola. A Alemanha não jogou mal, mas não conseguiu criar muitas oportunidades frente à forte linha de quatro da defesa sérvia. A expulsão de Klose e o pênalti perdido por Podolski também atrapalharam e podem complicar a vida dos germânicos na Copa. A questão é que o time de Gana decepcionou mais uma vez, embora continue invicto na competição. Os ganeses se aproveitaram da marcação de um pênalti duvidoso contra a Austrália, que jogou uma boa partida, e que tinha um meio-campo mais arrumado. Apesar de o time africano ter jogado quase que o jogo todo com um homem a mais, ficou segurando o empate. Sendo assim, os alemães devem se classificar contra Gana, e talvez a outra vaga fique para a Sérvia. Ao menos seria o mais justo.
Grupo E: A Holanda continua bem na Copa. Chegou a ter oitenta por cento de posse de bola contra os japoneses, mas tinham dificuldade de vencer a barreira nipônica. Só conseguiu no segundo tempo, com chute de fora de Sneijder, uma ótima arma para o time laranja. O Japão vai para o último jogo tentar a vaga contra a Dinamarca, que, na melhor partida da Copa até aqui, derrotou a seleção de Camarões. Foi um grande jogo, até porque os camaroneses entraram com uma formação de mais qualidade técnica, e enfrentaram uma Dinamarca bastante ofensiva. Ambas as equipes mereceram ir mais longe na Copa, mas os africanos já estão fora da Copa após a derrota por 2 a 1, após uma partida de muitas alternativas.
Grupo F: Um grupo muito complicado. A Nova Zelândia continua surpreendendo e conseguiu segurar a ainda pouco criativa Itália. Aliás, Lippi deveria entrar com Pazzini ou Di Natale desde o começo para abrir mais o jogo pelas pontas, talvez a única alternativa para uma equipe que ainda ressente muito a falta de Pirlo. Por fim, destaque para a boa partida do Paraguai que, sem ser brilhante tecnicamente, está fazendo uma boa Copa e venceu os eslovacos. A Eslováquia ainda tem chances, mas seus dois jogadores de qualidade no meio-campo não se entenderam ainda: Hamsik e Weiss.
Grupo G: O Brasil fez uma ótima partida contra o time de Drogba. O jogo, que garantiu a classificação ao time de Dunga foi marcado por muitas jogadas violentas e erros de arbitragem. Luis Fabiano fez dois golaços, mas um deles foi irregular, por ter dominado com o braço. Já Portugal também está quase garantido após se aproveitar das falhas da defesa norte-coreana e fazer a maior goleada da Copa: 7 a 0.
Grupo H: A Espanha se recuperou bem da derrota na estréia e venceu por 2 a 0, embora perdesse muitas outras chances de golear. Honduras está praticamente fora. Chile e Suíça fizeram uma partida empolgante de ataque contra defesa. Os chilenos mostraram novamente um futebol ofensivo muito bonito e conseguiram furar o bloqueio forte dos suíços. Infelizmente não se sabe se as duas seleções de maior qualidade técnica do grupo irão passar para as oitavas, já que a Suíça ainda tem grandes chances de classificar, pois pega Honduras no último jogo.
Grupo A: Uruguai e México fizeram ótimas partidas e largaram na frente na disputa da vaga desse que parece ser o grupo mais equilibrado. O Uruguai resolveu apostar em uma formação mais ofensiva, com quatro defensores e três atacantes, com Forlán servindo de ponta-de-lança. Funcionou bem, e a vitória da celeste foi mais do que merecida. Já a França decepcionou mais uma vez. É estranho. O futebol francês sofre de uma safra ruim, mas parece que Domenech insiste em escalar um time mais fraco do que poderia. O México manteve o esquema do jogo contra a África mas só criou mais oportunidades quando mudou os homens de frente.
Grupo B: A Argentina fez outra ótima partida, dessa vez contra a fraca Coréia. Sem Verón parece que o time tem mais velocidade na saída de bola e na marcação. Está praticamente garantida nas oitavas, e praticando talvez o melhor futebol da Copa. Já a Grécia conseguiu um feito histórico ao vencer seu primeiro jogo em Copas do Mundo. Tudo graças à bobagem do volante africano Kaita, que foi expulso tolamente. O goleiro nigeriano também falhou em um lance de gol, mas ainda assim é um dos melhores do mundial. A Nigéria, aliás, ainda tem boas chances de se classificar na última rodada. Basta vencer a Coréia e torcer por uma óbvia vitória argentina contra os helênicos, que não devem ter condições de avançar.
Grupo C: Esse grupo é o que traz maiores surpresas. A Eslovênia quase garantiu a vaga numa ótima disputa com os Estados Unidos. Ambas as equipes são arrumadas no meio-campo e têm bom toque de bola. Problemas para uma das maiores favoritas, a Inglaterra. A equipe inglesa ainda não se encontrou na competição e não conseguiu vencer a fechada Argélia. Vai precisar de uma vitória na última rodada e certamente terá dificuldade. Não se sabe se o problema dos ingleses é somente físico, ou também emocional, agravado pela falha do goleiro Green, mas não é a primeira vez que essa mesma geração, comandada por Lampard e Gerrard, decepciona (ao menos até agora) em uma Copa do Mundo.
Grupo D: A Sérvia recuperou-se muito bem do desastre da partida de estréia. O treinador trocou os jogadores inócuos da primeira partida e os sérvios conseguiram tocar melhor a bola. A Alemanha não jogou mal, mas não conseguiu criar muitas oportunidades frente à forte linha de quatro da defesa sérvia. A expulsão de Klose e o pênalti perdido por Podolski também atrapalharam e podem complicar a vida dos germânicos na Copa. A questão é que o time de Gana decepcionou mais uma vez, embora continue invicto na competição. Os ganeses se aproveitaram da marcação de um pênalti duvidoso contra a Austrália, que jogou uma boa partida, e que tinha um meio-campo mais arrumado. Apesar de o time africano ter jogado quase que o jogo todo com um homem a mais, ficou segurando o empate. Sendo assim, os alemães devem se classificar contra Gana, e talvez a outra vaga fique para a Sérvia. Ao menos seria o mais justo.
Grupo E: A Holanda continua bem na Copa. Chegou a ter oitenta por cento de posse de bola contra os japoneses, mas tinham dificuldade de vencer a barreira nipônica. Só conseguiu no segundo tempo, com chute de fora de Sneijder, uma ótima arma para o time laranja. O Japão vai para o último jogo tentar a vaga contra a Dinamarca, que, na melhor partida da Copa até aqui, derrotou a seleção de Camarões. Foi um grande jogo, até porque os camaroneses entraram com uma formação de mais qualidade técnica, e enfrentaram uma Dinamarca bastante ofensiva. Ambas as equipes mereceram ir mais longe na Copa, mas os africanos já estão fora da Copa após a derrota por 2 a 1, após uma partida de muitas alternativas.
Grupo F: Um grupo muito complicado. A Nova Zelândia continua surpreendendo e conseguiu segurar a ainda pouco criativa Itália. Aliás, Lippi deveria entrar com Pazzini ou Di Natale desde o começo para abrir mais o jogo pelas pontas, talvez a única alternativa para uma equipe que ainda ressente muito a falta de Pirlo. Por fim, destaque para a boa partida do Paraguai que, sem ser brilhante tecnicamente, está fazendo uma boa Copa e venceu os eslovacos. A Eslováquia ainda tem chances, mas seus dois jogadores de qualidade no meio-campo não se entenderam ainda: Hamsik e Weiss.
Grupo G: O Brasil fez uma ótima partida contra o time de Drogba. O jogo, que garantiu a classificação ao time de Dunga foi marcado por muitas jogadas violentas e erros de arbitragem. Luis Fabiano fez dois golaços, mas um deles foi irregular, por ter dominado com o braço. Já Portugal também está quase garantido após se aproveitar das falhas da defesa norte-coreana e fazer a maior goleada da Copa: 7 a 0.
Grupo H: A Espanha se recuperou bem da derrota na estréia e venceu por 2 a 0, embora perdesse muitas outras chances de golear. Honduras está praticamente fora. Chile e Suíça fizeram uma partida empolgante de ataque contra defesa. Os chilenos mostraram novamente um futebol ofensivo muito bonito e conseguiram furar o bloqueio forte dos suíços. Infelizmente não se sabe se as duas seleções de maior qualidade técnica do grupo irão passar para as oitavas, já que a Suíça ainda tem grandes chances de classificar, pois pega Honduras no último jogo.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Primeira Rodada
A primeira rodada da Copa decepcionou os amantes do bom futebol. Jogos de muita marcação, pouca criatividade e poucas jogadas de gol. É normal que muitas equipes venham fechadas para o primeiro jogo, com medo de perderem e terem sua vida dificultada no restante da competição. Daí o grande número de empates. Outro fato que chamou atenção foram os excessivos erros nos cruzamentos, lançamentos e chutes a gol. Aí entraria também o fator "Jabulani", a nova bola, com a qual os jogadores não tiveram tempo ainda de se acostumarem.
No grupo A, um grande equilíbrio. Parreira foi bem nas substituições, acertou os problemas no lado esquerdo e conseguiu equilibrar um jogo que parecia do México. Surpreendeu a todos arrancando um empate. Os mexicanos ainda devem melhorar no torneio, pois têm potencial para tanto, mas Vela e Franco precisam aparecer mais. Na partida entre os campeões Uruguai e França houve muito equilíbrio, e a certeza de que a França não deve ir muito longe, pois depende unicamente de Ribery.
No grupo B, uma boa partida da Argentina. Ótima atuação de Messi, em uma posição diferente da que se esperava. Jogou totalmente livre pelo meio, numa posição semelhante à de Maradona em 86. Mas Verón errou muitos passes, o que não é normal, e no setor defensivo a Argentina demonstrou fraqueza, sobretudo no lado direito. A Nigéria tem uma defesa forte mas um meio-campo sem criatividade, o que pode atrapalhar. A Grécia talvez tenha sido o pior time da primeira rodada. Erra muitos passes e não mostrou a defesa sólida que prometia. Melhor para a Coréia, que imprimiu velocidade e pode ficar com a segunda vaga do grupo.
O grupo C teve uma partida interessante entre EUA e Inglaterra. Os ingleses não conseguiram vingar a derrota de 1950. Mostraram nervosismo e falta de condição física para superar a eficiente barreira americana no meio-campo. Persistem aos britânicos alguns problemas em certas posições, como na meia-esquerda, em que ninguém se firmou ainda. No gol então, nem se fala. Green tomou um dos maiores frangos da História das Copas, o que acabou com a moral do time de Capello. Por fim, um jogo equilibrado entre duas equipes arrumadas mas pouco criativas, Argélia e Eslovênia.
O grupo D trouxe a maior esperança de bom futebol na Copa. Os alemães conseguiram montar um time muito competitivo, apesar das inúmeras ausências por contusão. É verdade que o adversário não era fortíssimo e tinha problemas de posicionamento no meio-campo, mas a equipe alemã trabalhou muito bem a bola e já revelou ao Mundo a categoria de Özil, como já se previa. Por fim, Sérvia e Gana fizeram uma partida muito defensiva, e decepcionaram a todos, já que havia uma expectativa para um bom jogo. Os sérvios precisam fazer alterações se quiserem ir adiante.
No grupo E, a Holanda manteve o favoritismo. Jogou uma excelente partida contra os dinamarqueses, tocando bastante a bola, num estilo que lembrou muito a Holanda de 98. A Dinamarca fez um jogo duro e mostrou qualidade no meio-campo, mas ainda precisa acertar no ataque, já que Bentdner não está em boas condições físicas. De resto, o Japão mostrou um futebol muito fraco, mas surpreendentemente conseguiu bater a pouco criativa seleção de Camarões.
O grupo F é talvez o mais fraco. A Itália mostrou que não deve ir muito longe, já que a ausência de Pirlo faz uma enorme falta ao meio-campo. O Paraguai esteve melhor em alguns momentos da partida, mas não chegou a criar muito. A decepção foi a Eslováquia, que não conseguiu fazer um placar mais elástico contra a fraca Nova Zelândia e acabou tomando o empate no finalzinho, o que lhe pode custar a vaga.
O grupo G é o do Brasil. Portugal e Costa do Marfim decepcionaram também. Fizeram um jogo de muita marcação e parecia que ambos preferiram o empate. No entanto, deu a impressão de que as duas seleções darão muito trabalho para o Brasil, sobretudo os africanos. A seleção de Dunga teve um desempenho satisfatório. Já se sabia que teria dificuldades em passar por uma equipe fechada, como a da Coréia do Norte, mas as movimentações de Robinho e Elano serviram para conseguir os três pontos. Destaque negativo para a fraca participação de Kaká, ainda em fase de recuperação.
No grupo H tivemos a primeira zebra da Copa do Mundo. A Suíça soube se defender e conseguiu bloquear os ataques da Espanha. Faltou aos espanhóis um pouco de sorte, e também faltou finalizar mais a gol, especialmente no primeiro tempo. Por fim, o Chile mostrou um futebol ofensivo, talvez o mais ofensivo da primeira rodada, ao lado da Alemanha. Foi para cima dos velozes hondurenhos e conseguiu os três pontos, apesar de um placar magro. É um grupo ainda totalmente indefinido.
No grupo A, um grande equilíbrio. Parreira foi bem nas substituições, acertou os problemas no lado esquerdo e conseguiu equilibrar um jogo que parecia do México. Surpreendeu a todos arrancando um empate. Os mexicanos ainda devem melhorar no torneio, pois têm potencial para tanto, mas Vela e Franco precisam aparecer mais. Na partida entre os campeões Uruguai e França houve muito equilíbrio, e a certeza de que a França não deve ir muito longe, pois depende unicamente de Ribery.
No grupo B, uma boa partida da Argentina. Ótima atuação de Messi, em uma posição diferente da que se esperava. Jogou totalmente livre pelo meio, numa posição semelhante à de Maradona em 86. Mas Verón errou muitos passes, o que não é normal, e no setor defensivo a Argentina demonstrou fraqueza, sobretudo no lado direito. A Nigéria tem uma defesa forte mas um meio-campo sem criatividade, o que pode atrapalhar. A Grécia talvez tenha sido o pior time da primeira rodada. Erra muitos passes e não mostrou a defesa sólida que prometia. Melhor para a Coréia, que imprimiu velocidade e pode ficar com a segunda vaga do grupo.
O grupo C teve uma partida interessante entre EUA e Inglaterra. Os ingleses não conseguiram vingar a derrota de 1950. Mostraram nervosismo e falta de condição física para superar a eficiente barreira americana no meio-campo. Persistem aos britânicos alguns problemas em certas posições, como na meia-esquerda, em que ninguém se firmou ainda. No gol então, nem se fala. Green tomou um dos maiores frangos da História das Copas, o que acabou com a moral do time de Capello. Por fim, um jogo equilibrado entre duas equipes arrumadas mas pouco criativas, Argélia e Eslovênia.
O grupo D trouxe a maior esperança de bom futebol na Copa. Os alemães conseguiram montar um time muito competitivo, apesar das inúmeras ausências por contusão. É verdade que o adversário não era fortíssimo e tinha problemas de posicionamento no meio-campo, mas a equipe alemã trabalhou muito bem a bola e já revelou ao Mundo a categoria de Özil, como já se previa. Por fim, Sérvia e Gana fizeram uma partida muito defensiva, e decepcionaram a todos, já que havia uma expectativa para um bom jogo. Os sérvios precisam fazer alterações se quiserem ir adiante.
No grupo E, a Holanda manteve o favoritismo. Jogou uma excelente partida contra os dinamarqueses, tocando bastante a bola, num estilo que lembrou muito a Holanda de 98. A Dinamarca fez um jogo duro e mostrou qualidade no meio-campo, mas ainda precisa acertar no ataque, já que Bentdner não está em boas condições físicas. De resto, o Japão mostrou um futebol muito fraco, mas surpreendentemente conseguiu bater a pouco criativa seleção de Camarões.
O grupo F é talvez o mais fraco. A Itália mostrou que não deve ir muito longe, já que a ausência de Pirlo faz uma enorme falta ao meio-campo. O Paraguai esteve melhor em alguns momentos da partida, mas não chegou a criar muito. A decepção foi a Eslováquia, que não conseguiu fazer um placar mais elástico contra a fraca Nova Zelândia e acabou tomando o empate no finalzinho, o que lhe pode custar a vaga.
O grupo G é o do Brasil. Portugal e Costa do Marfim decepcionaram também. Fizeram um jogo de muita marcação e parecia que ambos preferiram o empate. No entanto, deu a impressão de que as duas seleções darão muito trabalho para o Brasil, sobretudo os africanos. A seleção de Dunga teve um desempenho satisfatório. Já se sabia que teria dificuldades em passar por uma equipe fechada, como a da Coréia do Norte, mas as movimentações de Robinho e Elano serviram para conseguir os três pontos. Destaque negativo para a fraca participação de Kaká, ainda em fase de recuperação.
No grupo H tivemos a primeira zebra da Copa do Mundo. A Suíça soube se defender e conseguiu bloquear os ataques da Espanha. Faltou aos espanhóis um pouco de sorte, e também faltou finalizar mais a gol, especialmente no primeiro tempo. Por fim, o Chile mostrou um futebol ofensivo, talvez o mais ofensivo da primeira rodada, ao lado da Alemanha. Foi para cima dos velozes hondurenhos e conseguiu os três pontos, apesar de um placar magro. É um grupo ainda totalmente indefinido.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Perspectivas Copa 2010
Agora faltam poucas horas para o início do Mundial. Então, é o momento de se preencher o famoso "bolão" e de fazer as previsões e uma breve análise de todas as 32 equipes.
Primeiramente, os favoritos.
Quanto às demais seleções européias, destaque para Portugal, que já não tem o mesmo time de alguns anos, mas tem a categoria de jogadores como C.Ronaldo e Deco. Talvez seja pouco para ir muito longe. Já a Dinamarca tem uma equipe envelhecida na frente (Rommedahl, Jorgensen, Gronkjaer), logo não assusta muito. Sua defesa é mais jovem e forte, o que pode fazê-la disputar a segunda vaga de seu grupo. A Suíça e a Grécia somente chegaram longe porque pegaram um grupo fraco nas Eliminatórias. Apesar da tradição suíça em jogar fechada (o famoso "ferrolho"), não se sabe se conseguirá segurar o ataque de seus adversários da primeira fase. A Grécia tem como vantagem o fato de ter uma equipe entrosada e com jogadores que finalizam bem de longe. Destaque também para as seleções do Leste Europeu, que sempre fazem boas campanhas. Sérvia e Eslováquia tem time para irem longe. A Sérvia é dona de boa defesa e a Eslováquia tem jogadores habilidosos no meio, como Hamsik. A seleção européia mais fraca seria a Eslovênia, que conseguiu a façanha de eliminar a poderosa Rússia de Arshavin, por meio de um bom desempenho defensivo.
Nas Américas, destaque maior para México e Chile. Ambas as equipes são muito entrosadas e tem jogadores jovens e habilidosos. No México, a seleção que está há mais tempo concentrada para a Copa, se encontram alguns dos candidatos a revelação da Copa, como Vela e Giovanni. No Chile, Mark Gonzalez e Matias Fernandez são alguns dos destaques, além do já conhecido Valdivia. Uruguai e Paraguai são outras seleções que também estão se preparando muito, e que devem dar trabalho. No caso do Uruguai, alguns valores individuais sobressaem, como Forlán e Suárez. Os Estados Unidos são apontados como favoritos a segundo colocado no grupo da Inglaterra, fruto da boa campanha na Copa das Confederações e do bom entrosamento do elenco. Honduras seria o time americano mais fraco, e será surpresa se pontuar.
As equipes africanas esperam fazer boa campanha, nesta que é a primeira Copa na África. Costa do Marfim é a seleção mais forte, pelo menos no papel, já que tem jogadores em grandes clubes europeus. Pode passar de fase. Gana perdeu seu principal jogador, Essien. Camarões, a seleção de Eto'o e a Nigéria de Martins se equiparam à equipe de Gana em termos de qualidade. Dessas, a que teria mais chance de chegar às oitavas é a Nigéria, por ter caído num grupo mais fácil. Mas todas as três são boas representantes do futebol africano, de muita força e velocidade. Argélia e África do Sul não devem, a princípio, fazer boas campanhas, já que os seus elencos são muito limitados. Mas a equipe da casa está se preparando para não dar vexame, e tem um técnico campeão mundial, Parreira.
Os três asiáticos - Coréia do Sul, Japão e Coréia do Norte - vão para a Copa sem muitas expectativas. Já tiveram equipes melhores e mais competitivas e torcem para conseguirem uma vaga se aproveitando de falhas dos adversários. Quanto à Austrália, é uma seleção muito envelhecida, mas de grande entrosamento. Por fim, a Nova Zelândia talvez seja a seleção mais fraca, tendo em vista o que mostrou na Copa das Confederações.
Dando uma analisada breve nas equipes, resta agora esperar pelo começo do grande evento esportivo. Assim que terminar a primeira rodada, escreveremos aqui novos comentários.
Primeiramente, os favoritos.
- BRASIL: Favorito pela tradição e pelo retrospecto recente (campeão da Copa América e Copa das Confederações, além de bons resultados em amistosos). No papel, a equipe não convence muito, pois faltam jogadores de talento, sobretudo no meio-campo. Outro problema é que pegou uma chave difícil, e pode se complicar por isso.
- ESPANHA: Desde 1962 não é tão favorita quanto agora. Tem o melhor time, em todos os setores. Atual campeã européia. Não dá para desprezar um meio-campo que tem Fábregas, Xavi e Iniesta. Nem um ataque com Torres e Villa.
- INGLATERRA: Perdeu por contusão seu principal defensor, Rio Ferdinand, e um dos seus maiores astros, David Beckham. Mas ainda assim, é muito forte: Gerrard, Lampard, Joe Cole, Lennon, Terry e, especialmente, Rooney. Ao que tudo indica, o técnico italiano Capello conseguiu entrosar esses craques, nesta que pode ser a última chance dessa geração.
- ARGENTINA: Também sempre favorita pela tradição. Impressiona pelo poderio do seu ataque: Messi, Tevez, Higuain, Milito e Agüero. De resto, o técnico Maradona parece que ainda não encontrou a melhor formação na defesa, o que pode atrapalhar. Está em um grupo aparentemente fácil.
- ALEMANHA: Talvez o melhor time da última Copa. O problema é que, por uma série de motivos, não manteve a base do Mundial anterior, e agora está com problemas para montar uma equipe entrosada. Talvez a equipe fique pronta apenas durante o torneio. A vantagem é que tem uma série de jogadores jovens habilidosos que podem surgir para o Mundo agora e levar longe a Alemanha: Kroos, Marin, Müller, Kiessling e Ozil.
- HOLANDA: Time muito forte, sobretudo na parte ofensiva. Alguns jogadores holandeses fizeram excelente temporada, como Sneijder e Robben. A condição física desse último é o que preocupa. Time veloz e técnico. Pode pegar o Brasil nas quartas e tem chances de avançar. Fez ótimas Eliminatórias e amistosos de preparação.
Quanto às demais seleções européias, destaque para Portugal, que já não tem o mesmo time de alguns anos, mas tem a categoria de jogadores como C.Ronaldo e Deco. Talvez seja pouco para ir muito longe. Já a Dinamarca tem uma equipe envelhecida na frente (Rommedahl, Jorgensen, Gronkjaer), logo não assusta muito. Sua defesa é mais jovem e forte, o que pode fazê-la disputar a segunda vaga de seu grupo. A Suíça e a Grécia somente chegaram longe porque pegaram um grupo fraco nas Eliminatórias. Apesar da tradição suíça em jogar fechada (o famoso "ferrolho"), não se sabe se conseguirá segurar o ataque de seus adversários da primeira fase. A Grécia tem como vantagem o fato de ter uma equipe entrosada e com jogadores que finalizam bem de longe. Destaque também para as seleções do Leste Europeu, que sempre fazem boas campanhas. Sérvia e Eslováquia tem time para irem longe. A Sérvia é dona de boa defesa e a Eslováquia tem jogadores habilidosos no meio, como Hamsik. A seleção européia mais fraca seria a Eslovênia, que conseguiu a façanha de eliminar a poderosa Rússia de Arshavin, por meio de um bom desempenho defensivo.
Nas Américas, destaque maior para México e Chile. Ambas as equipes são muito entrosadas e tem jogadores jovens e habilidosos. No México, a seleção que está há mais tempo concentrada para a Copa, se encontram alguns dos candidatos a revelação da Copa, como Vela e Giovanni. No Chile, Mark Gonzalez e Matias Fernandez são alguns dos destaques, além do já conhecido Valdivia. Uruguai e Paraguai são outras seleções que também estão se preparando muito, e que devem dar trabalho. No caso do Uruguai, alguns valores individuais sobressaem, como Forlán e Suárez. Os Estados Unidos são apontados como favoritos a segundo colocado no grupo da Inglaterra, fruto da boa campanha na Copa das Confederações e do bom entrosamento do elenco. Honduras seria o time americano mais fraco, e será surpresa se pontuar.
As equipes africanas esperam fazer boa campanha, nesta que é a primeira Copa na África. Costa do Marfim é a seleção mais forte, pelo menos no papel, já que tem jogadores em grandes clubes europeus. Pode passar de fase. Gana perdeu seu principal jogador, Essien. Camarões, a seleção de Eto'o e a Nigéria de Martins se equiparam à equipe de Gana em termos de qualidade. Dessas, a que teria mais chance de chegar às oitavas é a Nigéria, por ter caído num grupo mais fácil. Mas todas as três são boas representantes do futebol africano, de muita força e velocidade. Argélia e África do Sul não devem, a princípio, fazer boas campanhas, já que os seus elencos são muito limitados. Mas a equipe da casa está se preparando para não dar vexame, e tem um técnico campeão mundial, Parreira.
Os três asiáticos - Coréia do Sul, Japão e Coréia do Norte - vão para a Copa sem muitas expectativas. Já tiveram equipes melhores e mais competitivas e torcem para conseguirem uma vaga se aproveitando de falhas dos adversários. Quanto à Austrália, é uma seleção muito envelhecida, mas de grande entrosamento. Por fim, a Nova Zelândia talvez seja a seleção mais fraca, tendo em vista o que mostrou na Copa das Confederações.
Dando uma analisada breve nas equipes, resta agora esperar pelo começo do grande evento esportivo. Assim que terminar a primeira rodada, escreveremos aqui novos comentários.
domingo, 6 de junho de 2010
Time dos sonhos de quem está fora da Copa
Toda Copa do Mundo é a mesma história. Jogadores que são preteridos nas convocações e jogadores que se machucam um pouco antes do início do torneio e são cortados. No entanto, acho que não houve uma Copa do Mundo com tantos desfalques como essa de 2010, especialmente com relação às contusões. Dá para formar um verdadeiro time dos sonhos. Será que a temporada européia foi muito pesada? Ou é azar mesmo?
Para começar, as notícias fora das quatro linhas que causaram comoção no mundo todo, como o suicídio do goleiro alemão Enke e o tiro que o atacante paraguaio Cabañas levou. Mais tarde, foi a contusão grave que sofreu um dos maiores astros do futebol mundial, David Beckham, e que passava por um bom momento de sua carreira. Nas últimas semanas, choveram notícias tristes de jogadores que não irão disputar o mundial, ou então que são dúvida.
A França perdeu Lassana Diarra. A Nigéria, Obi Mikel. A Inglaterra, além de Bechkam, perdeu seu melhor zagueiro, Rio Ferdinand. A Alemanha perdeu Westermann, Adler e seu maior craque, Michael Ballack. A Sérvia perdeu Dragutinovic. Gana perdeu seu maior craque, Essien. Por fim, três dos maiores jogadores da última década são dúvidas para a Copa: Robben da Holanda, Pirlo da Itália e o marfinense Drogba. Péssimo para o futebol.
Para começar, as notícias fora das quatro linhas que causaram comoção no mundo todo, como o suicídio do goleiro alemão Enke e o tiro que o atacante paraguaio Cabañas levou. Mais tarde, foi a contusão grave que sofreu um dos maiores astros do futebol mundial, David Beckham, e que passava por um bom momento de sua carreira. Nas últimas semanas, choveram notícias tristes de jogadores que não irão disputar o mundial, ou então que são dúvida.
A França perdeu Lassana Diarra. A Nigéria, Obi Mikel. A Inglaterra, além de Bechkam, perdeu seu melhor zagueiro, Rio Ferdinand. A Alemanha perdeu Westermann, Adler e seu maior craque, Michael Ballack. A Sérvia perdeu Dragutinovic. Gana perdeu seu maior craque, Essien. Por fim, três dos maiores jogadores da última década são dúvidas para a Copa: Robben da Holanda, Pirlo da Itália e o marfinense Drogba. Péssimo para o futebol.
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