É possível associar o lançamento do PAC das favelas pelo presidente Lula nesta semana aos conflitos diplomáticos dos últimos dias entre Colômbia, Venezuela e Equador, que, ao que parece, já esfriaram.
Em seu novo livro, "Globalização, Democracia e Terrorismo", Eric Hobsbawm defende que nos últimos anos grandes transformações históricas estão ocorrendo, e todas ela têm como base principal o declínio do poder dos Estados Nacionais, em relação ao do período da Guerra Fria. Hoje, em muitos países, o Estado não mais detém o monopólio da força armada. Aumenta-se o número de conflitos internos em alguns países, e também as interferências de nações mais poderosas nos assuntos de outros países. Um dos motivos apontados é o acesso de grupos privados a armamentos, possibilitado pela febre armamentista da Guerra Fria e pela globalização baseada em empresas transnacionais privadas que se esforçam para se manter fora do controle estatal.
Podemos enxergar esse novo cenário na questão das Farc. O presidente colombiano em primeiro momento admitiu a interferência de Hugo Chavez e, mais tarde, parece ter se arrependido. Mostra-se um pouco perdido e enfraquecido no meio de um problema de tão difícil solução.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o lançamento de um programa de urbanização de algumas favelas do Rio tem que passar pela autorização dos chefes locais - leia-se traficantes.
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2 comentários:
velho, tanto as farc quanto o tráfico no rio têm armas até mais poderosas do que os governos, daí fica mesmo difícil e precisa de uma ajuda externa mesmo, não saberia o que fazer
e vc não fala nada da aliança que se faz hj na américa entre hugo chavez, correa, ortega, evo, lula e kirchner para apoiar as farcs e fazer o socialismo na colombia ??
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