sábado, 22 de março de 2008

Lula, FHC e o IGF

A proposta de reforma tributária enviada pelo governo ao Congresso Nacional inclui a criação do já citado neste blog há alguns meses Imposto sobre Grandes Fortunas. É um imposto previsto na Constituição Federal, mas que ainda não foi criado desde a promulgação da Constituição em 1988. Várias tentativas foram feitas, inclusive um projeto de lei de Fernando Henrique Cardoso da época em que foi senador.

Nesta semana, o ex-presidente FHC comentou que não é mais favorável à criação do referido imposto, já que considera que os donos de grandes fortunas conseguiriam se livrar do seu pagamento enviando parte de seu patrimônio a países conhecidos como "paraísos fiscais". Para ele, o ideal seria, como também já proposto pelo senador Cristovam Buarque quando candidato a presidente, um rigoroso Imposto sobre Herança.

Debate interessante!

4 comentários:

Rafael Pereira disse...

as grandes fortunas já constituem fundações pra escapar de impostos por transmissão post mortem.

grandes fortunas detém grandes capacidades de investimento quando voltadas para o mercado de produção ou aumentam o crédito disponível pra este mercado quando se voltam pra especulação. são um bem para a economia, não um problema.

mas pensar na redução do tamanho do estado e em mecanismos para ATRAIR grandes fortunas para o país ou para FACILITAR a formação de novas fortunas seria pedir demais pra um buarque da vida

Anônimo disse...

O imposto sobre herança facilitaria um êxodo de filhos de gente ricas do país para os paraísos fiscais... heuheuhe

- Ulysses

Anônimo disse...

Acho válidos os dois impostos mencionados, no entanto me pergunto se funcionaria sem resolver problemas estruturais que temos por aqui...
Há sempre meios para se sonegarem os impostos e também para se desviarem dinheiro (duvido de um controle rigoroso como funciona na Islândia - veja esse site ilustrativo: http://www.vidanaislandia.com/files/oct-2007.html) .
Se nada se fizer por esses problemas estruturais que temos hoje, pouco adiantaria criar (ou passar a aplicar) novos impostos, pois seria apenas uma proposta vazia de sentido (como a maioria das propostas vindas de todos os lados).
Criar impostos e tentar resolver esses problemas ao mesmo tempo? Talvez seja uma alternativa, mas vejo mais necessidade de se discutir a corrupção generalizada (poder + civis) do que a criação de novos impostos.
É o que penso (se é que posso usar esse verbo hoje em dia...).

Anônimo disse...

mas no brasil a arrecadação já é muito grande. e também precisa ver como é gasto este dinheiro, e não só pegar mais grana da população.