quarta-feira, 11 de março de 2009

Vamos esperar até 2022?

Se as péssimas notas que os professores de escola pública tiraram na última avaliação promovida recentemente não bastam para que algo de grande alcance seja feito buscando um ensino de mais qualidade, o jeito mesmo é esperar até 2022.

Sim, porque para o "Todos pela Educação" existem metas a serem cumpridas até 2022, ano do bicentenário da Independência. Interessante, mas se nada for feito, algumas destas metas são impossíveis de serem alcançadas, como se tem observado.

Em São Paulo, que deveria, até pela sua prosperidade econômica, proporcionar um ensino de mais qualidade a seus alunos, 72 por cento dos educadores que trabalham com alfabetização tiraram nota inferior a 6 no último exame promovido pelo governo.

Tendo em vista esses dados, o que fazer? Insistimos que, antes de qualquer coisa, o bom profissional da educação tem de ser valorizado, até porque, caso contrário, ele resolve trabalhar em um banco e entra um "meia-boca" em seu lugar...

4 comentários:

Unknown disse...

São mais de 15 anos de governo de PSDB, e a coisa não anda, a populaão de São Paulo vai continuar a votar neles ou na sua filial o DEM, pela simples razão que é conservadora e tem medo do "comunismo"AHAHAHAHAHAHAH, só rindo para não chorar, os caras conseguiram acabar com São Paulo em todos os setores e adoram um pedágio, até os governos Quercia e Fleuri foram melhores que eles.

Anônimo disse...

Pois é... Sempre estudei em escolas estaduais de 1988 (1ª série) até 1998 (3º ano do ensino médio técnico) e sempre ouvia falar que antigamente a escola pública era boa. Na minha época, a auto-estima dos alunos já era bem baixa (em relação a tentar um vestibular ou acreditar que de fato estavam aprendendo algo). Porém, os alunos tinham que estudar um tanto, caso contrário ficavam de recuperação e alguns até repetiam (não estou me posicionando a favor do sistema em que alunos ficam anos na mesma série e deixam de interagir com crianças da mesma idade - não é isso que coloco em questão aqui). Quando eu estava no colégio, época em que Covas estava no governo, os alunos já não mais eram reprovados e o sistema de notas, que antes era de 0 a 10, com uma maior dificuldade para recuperar uma nota ruim, passou a ser MB=Muito bom, B=Bom e I=Insuficiente (aqui também não coloco em questão o sistema de provas como melhor avaliação dos alunos). Você tinha que ser muito ruim para tirar I e ainda assim, se frequentava as aulas, passava de ano. Na mesma época, vi reportagem na Veja (por volta de 1998, época de reeleição) dizendo que o ensino no estado de São Paulo ia bem, obrigado. Para a reportagem, usaram parâmetros como evasão escolar e número de alunos que estavam na série adequada.
Na época, um adolescente crítico e agressivo que era, discuti com muitos professores acerca do papel deles na escola. Qual era a real necessidade de eu ir até lá. Pela minha agressividade, tive que falar algumas vezes com a diretora. hehe
Voltando ao assunto principal, foram muitos anos com os governantes querendo aumentar o número de crianças na escola, querendo aumentar o número de jovens com ensino fudamental e médio completos na idade adequada para se adequar a parâmetros internacionais, sem a menor preocupação com o ensinar.
Hoje em dia, há alguns termômetros (ENEM e outras provas nacionais) da cagada (intencional?) que fizeram.
Há toda uma geração de analfabetos funcionais (já se liberaram alguma estatística confiável sobre isso?), professores não capacitados para suas funções, como citou o Alexandre.
Solução? Pouco provável. Chuto que parte considerável dos profissionais que se decidem pelo magistério tiveram uma educação deficiente. Não acreditam neles mesmos e por isso não buscam outras profissões mais bem remuneradas. É claro que há os que gostam da profissão e com certeza, seus desempenhos também são melhores.
Seguindo esse raciocínio, acabo concordando com o Alexandre quando ele diz que o profissional da educação tem de ser valorizado. Caso contrário, cai-se num círculo vicioso citado acima em que pessoas não capacitadas impedem que outras pessoas possam se desenvolver. E vocês acreditam que essa valorização possa ocorrer a curto prazo? Há esse movimento?

Camila Rodrigues disse...

É Ale, a coisa tá bem feia...
CONCORDO PLENAMENTE COM O QUE DISSE O DAN! PSDB É UM LIXO PARA A EDUCAÇÃO(não vou falar de outros quesitos, porque esse blog não é um palanque eleitoral...)
Mas pensar essas coisas me deixa mais deprimida do que eu já estou, que vida besta, meu Deus, dizia Drummond!

fel[ício disse...

espetacular ! muito bom os posts e comentários