terça-feira, 31 de março de 2009

Material didático e escola pública



A imagem acima é de um mapa que consta em uma das apostilas distribuídas neste ano pelo governo de São Paulo nas escolas públicas. Ainda que o erro em relação aos países seja grave, não é só por isso que devemos criticar o material. O material todo é um erro. Os assuntos estão fora de ordem e desconexos, os exercícios muitas vezes não têm sentido, faltam textos e ilustrações.

Em suma, se era para fazer uma porcaria dessas, era melhor não terem feito nada. Na prefeitura, pelo menos, ninguém inventa moda, e utiliza-se, na maior parte das vezes, o material da Editora Moderna, que é muito bom.

Melhor nem falar mais nada.

4 comentários:

Camila Rodrigues disse...

Mas que coisa, heim!
Quando eu trabalhei na equipe da coleção "História em Projetos", para o Ensino Fundamental 2,já publicado pela Editora Ática nós recebíamos sempre um acompanhamento da qualidade dos capítulos feita por revisoras de conteúdo da Editora, era muito direitinho pois a Ática não se interessaria em publicar um livro "mico" desses, o que eles queriam era ganhar o Jabuti (e ganharam mesmo!)...O Estado não quer tanto, né? Mas deveria querer, claro!
Você se lembra de 2002, os alunos da FFLCH em greve pela contratação de mais profesores e a professora de História do Brasil contemporêneo e chefe do Departamento de História na época, Zilda Iokói, "escreveu" um livro cheio de erros grosseiros de edição, o que a levou a ser interrogada publicamente pela imprensa (na Folha de São Paulo por Elio Gaspari e na TV por Boris Casoy, quando a professora "empurrou" toda a culpa para a revisão das Edições Loyola...
Mas quem a conhece perdoa de antemão os revisores da Loyola!
Para saber mais sobre aquele caso, confira este link : http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/al080520023.htm

felício disse...

nossa mas também não é nada para a gente se espantar, eu acho

Valmir disse...

É. Pois é. Nada para se espantar. Vide "Entre os muros da escola", filme francês, em que numa das cenas ficou claro que a aquisição da máquina de café para os professores era um assunto mais excitante/importante que estratégias pedagógicas. Se a periferia de Paris foi retratada daquele jeito, imaginem aqui.
Esse sistema não é sustentável, é claro. Até relacionaria isso à busca exagerada por silicones/cirurgias plásticas/academias. Não consegue ler/escrever/raciocinar? Viva à superfície! Ao menos se o superficial coexistisse com o subsolo do ser... Não, não é sustentável.

Anônimo disse...

muito bom filme ! bem realista